No final da tarde de ontem, 07, uma manifestação em frente à Câmara dos Vereadores de Altos reuniu professores efetivos e aposentados do município em protesto contra o projeto de lei do Executivo, encaminhado pelo prefeito Maxwell Da Mariinha. O cerne da discordância reside no reajuste salarial proposto pelo prefeito, fixado em 5%, enquanto a categoria reivindica um aumento de 10%.
A professora Kinha costa, presidente do SINDSERM, argumenta que o Fundeb apresentou sobras significativas, totalizando 12 milhões de reais, o que, após rateio, implicaria em cerca de 40 mil reais para cada um dos aproximadamente 300 professores em efetivo exercício. Essa distribuição, segundo ela, evidencia a possibilidade de um reajuste maior nos salários dos docentes.
Foto: Rubens Felix
A tensão atingiu seu ápice quando os manifestantes, no início da noite, ocuparam o auditório da Câmara dos Vereadores, buscando pressionar os legisladores a votarem contra a proposta do prefeito. Entretanto, mesmo com a intensa mobilização, a decisão dos vereadores não foi favorável aos professores. O placar final registrou 8 votos a favor do projeto executivo, 3 contra, 1 abstenção e 1 ausência.
Destaca-se que os três vereadores que se posicionaram contra a proposta do Executivo, Regina Catarino, José Wilson e José Ernandes, defenderam veementemente os interesses dos professores durante a sessão. Por outro lado, apenas o vereador Jaifran do Povão, dos legisladores favoráveis ao projeto, fez uso da palavra em plenária para defender seu ponto de vista, enquanto os demais permaneceram em silêncio.
Um aspecto curioso a se observar é que entre os 13 vereadores de Altos, há representantes com vínculos diretos com a classe dos professores, seja por serem professores, filhos de professores, cônjuges de professores, ou ainda possuírem parentesco próximo com membros dessa categoria. Tal fato ressalta a proximidade da classe política com as demandas educacionais da comunidade.
É importante ressaltar que, apesar de um reajuste expressivo concedido há dois anos, o que ultrapassou os 50% nos salários, os professores continuam a lutar pelo que consideram justo e de direito, buscando melhores condições salariais e reconhecimento por seu trabalho educacional fundamental para o desenvolvimento do município.
Rubens Felix/TV Fiapo News
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